sábado, 12 de fevereiro de 2011

Mãe das gêmeas desaparecidas espera que as filhas estejam vivas



A mãe das gêmeas suíças desaparecidas há 13 dias ainda tem esperanças de voltar a ver as filhas, apesar de se sentir desesperada com a situação, segundo entrevista concedida em um lugar secreto onde se encontra desde que deixou casa na Suíça por questões de segurança.
"Estou arrasada, desesperada, mas tenho que continuar sendo forte. Farei tudo que for necessário para encontrar Lívia e Alessia ou pelo menos descobrir a verdade a fundo", declarou Irina Lucidi à agência italiana Ansa. "O tempo passa e a angústia aumenta, mas, apesar de tudo, não perco a esperança e ainda espero ver minhas filhas", afirmou.
Na véspera, Irina, de nacionalidade italiana, pediu à polícia que não desistisse de continuar procurando suas filhas, apesar da carta deixada por seu ex-marido. Matthias Schepp, o pai das gêmeas, confessou tê-las matado em uma carta datada em 3 de fevereiro e enviada à mãe das meninas, onde também anunciava que pretendia suicidar-se, conforme indicou nesta sexta-feira a polícia suíça.
A polícia descreveu Schepp como uma "pessoa desesperada". O pai das gêmeas matou-se na noite de 3 de fevereiro, atirando-se na linha do trem na estação de Cerignola. "Os investigadores da polícia suíça foram informados na terça-feira, 8 de fevereiro, que o pai das gêmeas enviou oito cartas de Bari à sua mulher, segundo os correios", declarou o porta-voz da polícia do cantão de Vaud, Jean-Christophe Sauterel.
Sete das cartas despachadas por ele também continham dinheiro, num total de 4,4 mil euros. "O último envelope, com data de quinta-feira, 3 de fevereiro, continha uma carta na qual o pai declarava ter matado as duas filhas e revelando que está em Cerignola, onde pretendia se matar", indicou Sauterel.
"Ele afirma na carta que as meninas não sofreram e descansam em paz", acrescentou o porta-voz. As operações de busca das crianças já duram 13 dias. "Provavelmente, as crianças estão na Córsega", estimou Sauterel, referindo-se a um dos últimos locais visitados por Schepp antes de morrer.
As buscas concentram-se na região noroeste da ilha francesa, onde o pai das meninas ficou hospedado. As polícias da Suíça, França e Itália estão mobilizadas na macabra procura pelas irmãs, cujo desaparecimento foi denunciado depois que Matthias Schepp não retornou para a Suíça com as filhas em 30 de janeiro.
Ele se matou quatro dias depois. A atitude de desespero seria uma reação ao pedido de separação da mulher, Irina Lucidi, e à disputa pela guarda das filhas do casal. Na quinta-feira, os investigadores revelaram que, após examinar o computador de Schepp, descobriram que ele havia consultado diversos sites sobre suicídio, envenenamento e armas de fogo. Nenhuma arma foi encontrada em sua casa.
A família de Irina diz que Shcepp, de 43 anos, sofria de esquizofrenia. O jornal suíço 24 Heures informou que ele estava recebendo tratamento psiquiátrico, mas não havia sinais de que representasse uma ameaça às filhas - ao contrário, era descrito como um pai amoroso e dedicado.

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