segunda-feira, 20 de junho de 2011

RJ: a cada 3 dias, ao menos 1 pessoa é vítima de bala perdida

 
Apontado como um dos maiores temores da população do Rio de Janeiro, os casos de bala perdida registram queda neste ano no Estado, mas seguem expressivos, segundo dados oficiais da Secretaria de Segurança fluminense, divulgados nesta segunda-feira. Entre janeiro e março, 34 pessoas foram vítimas de disparos de origem desconhecida, enquanto no mesmo período do ano passado foram 45. Apesar da redução de 24,4% na estatística, os números impressionam: a cada três dias pelo menos um morador foi atingido de bala perdida no RJ em 2011.
Entre os 34 casos deste ano, um deles terminou em morte, conforme a pasta. Em março, Caíque dos Santos, 5 anos, foi atingido por uma bala perdida no abdome durante um tiroteio na favela do Pica Pau, em Cordovil, zona norte da capital. Ele chegou a ser encaminhado para atendimento médico, mas não resistiu aos ferimentos.
A área de maior incidência, a capital fluminense teve 21 ocorrências. O governo do Rio, que destacou a queda no índice, também apurou informações sobre o sexo e a idade das vítimas, além de dados acerca dos eventos que ocorriam próximo ao local onde o morador foi baleado. O objetivo é manter um estudo científico diante do problema, com detalhes sobre eventuais ações policiais e de criminoso ou festas, que costumam provocar os casos.
Os números podem ser ainda maiores, segundo a secretaria. O relatório levou em consideração a quantidade de ocorrências policiais do gênero, que podem ter mais de uma vítima. A pasta quer realizar a mesma pesquisa a cada três meses.
Um levantamento feito indica que pelo menos três pessoas morreram, somente nos primeiros seis meses deste ano, vítimas de bala perdida, no Estado. Além do caso do menino de 5 anos, em maio, o porteiro Josemilton Trindade da Silva, 43 anos, levou um tiro na cabeça dentro de uma sala de aula do Ciep Ministro Gustavo Capanema, na Vila dos Pinheiros. Já em junho, Marlysson Ribeiro Pereira, 12 anos, perdeu a vida com um tiro de fuzil no crânio enquanto dormia no sofá de sua casa, na Estrada do Quafá, na Vila Kennedy.

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