sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Bebê foi morte por carro não dar passagem



O corpo do bebê Pedro Henrique Patrocínio Manga, baleado dentro de um carro em São Bernardo do Campo, no ABC, foi enterrado na tarde desta sexta-feira no Cemitério Jardim Vale da Paz, em Diadema, também no ABC. O crime ocorreu na noite de quinta-feira (15).
O menino de 1 ano e 8 meses foi baleado porque o carro em que ele estava com a mãe não deu passagem para outro veículo com criminosos. Minutos antes, os homens teriam atirado em um jovem de 17 anos na Estrada Galvão Bueno, perto do local em que o bebê foi morto, segundo a Polícia Civil.
No enterro, os parentes estavam em estado de choque. "Ele era muito alegre, muito contente, muito brincalhão. Já estava falando tudo", disse um parente.
 Segundo testemunhas, os criminosos que atiraram no bebê pararam antes na frente da casa de um adolescente e dispararam sem falar nada. Depois do disparo, eles fugiram em um carro.
O jovem foi socorrido por pessoas que estavam na região no momento do crime. Ele não corre risco de morte.
Durante a fuga, os criminosos pediram passagem para o veículo em que Pedro estava sentado no colo da mãe. Como o motorista não cedeu, os criminosos passaram pela contramão e dispararam três vezes. A mãe do menino não se feriu.
De acordo com o delegado Kazuyoshi Kawamoto, a investigação aponta que o padrasto do menino diminuiu a velocidade do carro e abriu a porta para ver quem era que pedia passagem. "Neste momento, eu acredito que os bandidos esperavam uma reação do motorista. Por isso atiraram tantas vezes contra o carro", disse.
"Com certeza foi uma fatalidade, ainda mais a direção do tiro, que vem de trás, atravessa o vidro e atinge a criança no banco dianteiro", comenta o delegado.
 
Investigação
 
No início da tarde desta sexta-feira (16), os parentes do menino já tinham prestado depoimento no 3º Distrito Policial de São Bernardo do Campo. O carro em que o bebê estava também já passou por perícia e deve ser retirado pela família.
Segundo o delegado, ainda não há suspeitos. “Nós não conseguimos ainda identificar [os criminosos]. Nós não temos nem as placas do veículo envolvido nessa ocorrência. A certeza única é que os dois crimes estão diretamente ligados”, disse.
O delegado suspeita que o ataque contra o adolescente tenha sido motivado por briga entre quadrilhas. Ele ainda não foi ouvido pela polícia. O adolescente chegou a ir ao Pronto Socorro Central de São Bernardo do Campo. Entretanto, a assessoria de imprensa da prefeitura informou que o adolescente não quis esperar a avaliação do neurologista e, sem que ninguém percebesse, deixou o local.

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