domingo, 30 de dezembro de 2012

Elas falam: sexo após os 50 dá mais prazer, mas precisa de afeto


Quem pensa que o passar dos anos apaga o fogo das mulheres na cama, pode se enganar. Não dá para generalizar, de que a idade só melhora o sexo e que é possível sentir mais prazer depois dos 50 do que no auge da juventude. Esta é a opinião da psicanalista Irene M., 61 anos. “É um tabu pensar que a pessoa mais velha não quer sexo, não pensa nisso ou não tem sonhos eróticos. O sexo é melhor com a idade, quando se tem mais experiência”, contou. 
 
Divorciada desde os 50 anos, ela já teve vários namorados e não tem dúvida de que suas experiências sexuais da meia-idade foram mais “interessantes” do que as vividas durante a juventude. “Você se conhece melhor, conhece o próprio corpo, do que gosta mais e sabe o que quer do outro. O jovem às vezes tem aquele tesão enorme, mas não sabe o que quer direito”, explicou Irene. 
 
A enfermeira Rose F., 53 anos, também enxerga de forma positiva a vida sexual após os 50. “Para mim não mudou nada, não vi diferença da minha vida de quando tinha 20 anos e agora. Estou em plena forma”, contou. Divorciada, ela está prestes a entrar em um novo casamento e disse que sexo não é um problema. “Hoje, com plena experiência, é melhor do que antes”, comparou.
 
Segundo Rose, quando ela era adolescente não podia obter esclarecimentos sobre relações sexuais com a mãe, era um “tema bloqueado” na época. Por isso, não sabia como funcionava e descobriu aos poucos, na prática. “Quando se é adolescente, não se tem informação, hoje tenho uma vivência maior. A gente aprende coisas diferentes e o prazer é maior do que era antigamente”, explicou. 
 
 
Tesão e afeto

Para outras mulheres, porém, há uma mudança de ritmo na atividade sexual com a idade. É o caso da assessora política Vera P., 53 anos: “é lógico que com 20 ou 30 anos (a vida sexual) é muito mais ativa, depois o fogo diminui. Mas não tive problema com sexo até agora”, contou. Segundo ela, para a transa rolar é preciso ter bastante estímulo, por isso, não acontece com tanta frequência como entre um casal jovem.
 
Um dos segredos, de acordo com Vera, é não cair da rotina. “Arroz com feijão todo dia cansa”, disse. Programas inusitados sempre tendem a esquentar o clima, sugeriu. Principalmente porque depois dos 50 os valores mudam: “a gente vai aprendendo a dar valor a outras coisas além do sexo, como o companheirismo”. 
 
Aenfermeira Pierangela C., 52 anos, que está no segundo casamento, concorda: “o desejo diminui. Quando se é jovem tem muito tesão, depois começam a importar outras coisas, não precisa de tanto sexo, mas mais de afeto e companheirismo”. “Passo bem sem sexo”, acrescentou.  
 
Uma das razões para a falta de desejo por sexo diário, segundo ela, é o cansaço. “Quando você é jovem nada te cansa. Agora, depois do trabalho, quando deita na cama tudo o que quer é dormir, não quer ficar transando”, disse. Pierangela acredita que a mudança começa a ocorrer aos 40 anos. No entanto, ela ressaltou que os homens não passam por esta fase e continuam a querer “sexo todo o tempo”. “É preciso entrar em um acordo”, contou.
 

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