quarta-feira, 13 de março de 2013

Mundo recebe com surpresa e alegria escolha do primeiro papa das Américas



A comunidade internacional, especialmente a latino-americana, recebeu nesta quarta-feira com surpresa e alegria a escolha do cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio como novo papa.
De seu país natal, a presidente argentina, Cristina Kirchner, felicitou Bergoglio e lhe desejou uma "frutífera tarefa pastoral, desempenhando tão grandes responsabilidades através da justiça, da igualdade, da fraternidade e da paz da humanidade".
"Em meu nome, no nome do governo argentino e em representação do povo de nosso país, quero cumprimentá-lo e expressar minhas felicitações por ter sido eleito novo pontífice da Igreja", afirma a carta divulgada nesta quarta-feira por Cristina.
A presidente Dilma Rousseff também parabenizou o novo papa e o povo argentino e disse que os fiéis brasileiros o esperam no Rio de Janeiro em julho para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
Já o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, felicitou o cardeal Bergoglio como primeiro pontífice latino-americano, a quem definiu como "paladino dos pobres e dos mais vulneráveis".
Como o primeiro papa das Américas, "sua escolha também reflete a fortaleza e vitalidade de uma região que cada vez mais molda nosso mundo", ressaltou Obama.
Na Argentina, o júbilo foi grande logo após a divulgação da notícia que Bergoglio, que levará o nome de Francisco I, é o novo sumo pontífice: os sinos da catedral de Buenos Aires repicaram, os automóveis tocaram as buzinas e os fiéis entraram no templo com aplausos e gritos de "Viva o papa!".
Os latino-americanos receberam com alegria a escolha do cardeal arcebispo de Buenos Aires e primaz da Argentina, que se transforma no primeiro papa da região e o primeiro jesuíta a ocupar o trono de Pedro.
O presidente do México, Enrique Peña Nieto, aprovou a escolha do primeiro pontífice latino-americano, com quem espera estabelecer uma "relação cordial e próxima".
Por sua vez, o presidente interino da Venezuela, Nicolás Maduro, atribuiu à influência do falecido Hugo Chávez a escolha do novo papa.
"Nós sabemos que nosso comandante ascendeu às alturas e está frente a frente com Cristo. Alguma coisa influenciou na escolha de um papa sul-americano, alguma mão nova chegou e Cristo lhe disse: 'Chegou a hora da América do Sul'", disse Maduro.
Já o presidente do Equador, Rafael Correa, considerou que a eleição de um latino-americano como papa é mais uma prova que o mundo vive momentos "históricos sem precedentes".
De Nova York, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, felicitou o papa Francisco I e declarou que espera que, sob seu mandato, seja mantida a cooperação entre a ONU e a Santa Sé.
Na Europa, os reis da Espanha felicitaram o novo papa e o presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy, manifestou a disposição de seu Executivo para manter e reforçar "as relações entre a Santa Sé e Espanha, sobre a base dos profundos valores que compartilhamos: a vida, a dignidade humana, a liberdade, a paz e a justiça".
O primeiro-ministro interino da Itália, Mario Monti, transmitiu "o afeto e a felicidade" que seus compatriotas sentem pela escolha de Bergoglio como sumo pontífice e reconheceu os vínculos da "história especial" que unem Itália e Argentina.
Por sua vez, a chanceler alemã, Angela Merkel, felicitou "todos os cristão da América Latina", enquanto o chefe do governo britânico, David Cameron, assinalou a eleição do novo pontífice como um momento "transcendental" para os católicos de todo o mundo.
Por sua parte, o presidente de Portugal, Aníbal Cavaco Silva, exaltou a "esperança" que "incontáveis" portugueses têm na palavra e no magistério do novo pontífice.
A Comissão, o Conselho e o Parlamento europeus também enviaram mensagens de felicitação a Francisco I, a quem pediram para "defender e promover os valores fundamentais da paz, da solidariedade e da dignidade humana".
As conferências episcopais latino-americanas celebraram esta designação e não deixaram de destacar o fato de que o novo papa é da região.
"Estamos felizes, satisfeitos. A eleição de um latino-americano mostra que a Igreja se abre para todos, que não está orientada apenas à Europa", disse em entrevista coletiva o secretário-geral da Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB), o bispo Leonardo Steiner.

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