quinta-feira, 11 de abril de 2013

"Mereço a morte", diz vizinho que matou criança e enterrou corpo no quintal na Paraíba



O jovem Jefferson Luís de Oliveira Soares, que confessou ter matado Fernanda Ellen, de 11 anos, encontrada no quintal da casa do suspeito em João Pessoa (PB), disse acreditar que não sairá com vida do presídio, mas que merece a morte pelo que fez.
— Eu não me lembro de muita coisa no dia do crime. Mas eu não estuprei a garota. Não sou doente, nem psicopata. Mereço a morte, mas tenho medo de morrer. Vou pagar caro. Naquele momento faria qualquer coisa por droga, mas me arrependo muito.
O corpo de Fernanda foi achado na segunda-feira (8). Na noite de terça-feira (9), o suspeito do crime foi preso e confessou. O jovem de 25 anos disse que matou a estudante estrangulada porque ela se recusou a dar R$ 20 para ele comprar crack. Ele foi indiciado por latrocínio (roubo seguido de morte) e por ter ocultado o cadáver da menina.
Ela sumiu quando voltava da escola vestindo uma bermuda jeans e uma blusa cor de rosa. A garota foi até o local para pegar o boletim escolar referente ao ano de 2012 e teria ficado contente ao saber que passou de ano.
No trajeto de volta, ela cruzou com Jefferson Luís de Oliveira Soares. Ele contou à polícia que, como a menina se recusou a dar o dinheiro, ele a matou para ficar com um celular que ela carregava. Ele disse ainda que escondeu o corpo embaixo da cama e, no dia seguinte, enterrou no quintal. O suspeito negou que tenha cometido estupro, mas a Polícia Civil informou que um exame deverá comprovar se ocorreu ou não o abuso.
O suspeito era vizinho de Fernanda há três anos e é suspeito de ter estuprado uma estudante em 2010. A polícia conseguiu chegar até ele depois de rastrear o celular da vítima. O aparelho era usado por uma garota de programa, que confessou ter recebido o celular de Jefferson em troca de droga. Ela foi levada até a casa dele e o reconheceu. Depois disso, o jovem tentou fugir, mas acabou confessando e indicou onde estava o corpo.
A polícia precisou isolar toda a rua onde o suspeito mora porque cerca de mil pessoas se aglomeraram no entorno do imóvel para tentar linchá-lo. O corpo estava em estágio avançado de decomposição e foi encaminhado ao IPC (Instituto de Polícia Científica) para realização de exame de DNA e necropsia.
O suspeito foi transferido nesta quarta-feira (10) para o Presídio Desembargador Flósculo da Nóbrega. O juiz Wolfram da Cunha Ramos decretou a prisão preventiva do suspeito. Na terça-feira, o pai da menina encontrou com o suspeito e disse que jamais imaginaria que ele pudesse ser o autor do crime. O pai contou que Jefferson ajudou em um mutirão montado pelos vizinhos para tentar encontrar a garota. 

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