domingo, 9 de janeiro de 2011

Facebook: segurança na rede é dever do usuário


Em 2010, o Facebook se consolidou com a maior rede social do mundo e também como o principal alvo de críticas em relação à política de segurança, grande parte delas apontando o vazamento de dados confidenciais dos usuários como o maior problema da empresa. Para além da seriedade da situação, quando se trata de se manter seguro em um universo sem fronteiras, como a internet, talvez seja necessário entender que, muitas vezes, segurança online depende mais do usuário do que da companhia de tecnologia.
Para o embaixador internacional da empresa de segurança AVG, Tony Anscombe, segurança na internet é uma questão de educação. "Você realmente precisa se importar com isso. Uma vez que a informação é posta a público, é difícil removê-la. Manter os programas do seu PC atualizados é uma questão de educação", afirmou Ascombe ao Terra. Neste caso, não se tratam apenas de programas antivirus, mas também de softwares usados com frequencia, como os navegadores utilizados para acessar redes sociais. As versões atualizadas de programas e aplicativos são menos suscetíveis a erros e normalmente possuem configurações de proteção mais avançadas.
Outro ponto trabalhado por especialistas refere-se à crescente popularização de aparelhos de comunicação móvel mais sofisticados, como smartphones. Segundo o especialista Marcelo Lau, que falou ao Terra, "qualquer sistema vastamente utilizado também será amplamente atacado". Sistemas operacionais possuem pontos de vulnerabilidade. Os aparelhos 3G, por exemplo, que estão conectados a todo o momento com um endereço de IP específico são portas abertas para programas espiões e ataques cibernéticos.
Para além das questões que se devem levar em consideração em relação ao sistema, há uma série de fatores que não são técnicos, mas que determinam diretamente a segurança no usuário em redes sociais, como o Facebook. Nada foge dos velhos conselhos do senso comum: não é recomendado o compartilhamento de informações residenciais ou de fotos que possam mostrar um estilo de vida abastado com todos os usuários da rede social. É simples - e algo que, de certa maneira - todo mundo põe em prática no dia a dia, no mundo real. O universo online é só uma transposição do universo palpável, no sentido de que ele reproduz relações reais em um universo virtual. Também vale ter em mente que não se deve clicar em links duvidosos reproduzidos tanto dentro da própria rede social, como em URLs que levem a ela. É aconselhável sempre entrar no Facebook por um link salvo como favorito ou digitando o nome no navegador.
Ações deste tipo previnem, por exemplo, que sites roubem senhas de banco de usuários, como exemplifica uma reportagem da Geek do dia 5 de janeiro. Um anúncio com a logomarca do banco Itaú, sem citar o nome do banco por extenso - o que dificultou o rastreamento pela rede social - foi reproduzido dentro do Facebook. O link, que era uma fraude, levava a vítima a um site que tentava roubar as senhas bancárias.
Para quando o senso comum é insufiente, a tecnologia entra para suprir a lacuna. No Facebook, por exemplo, há definições de privacidade que permitem controlar quais usuários verão seu perfil. As pessoas que se inscrevem na ferramenta recebem a opção de definir se somente amigos verão suas informações e atualizações ou se redes maiores, como as de amigos de determinados amigos. Existe a página "Configurações de privacidade" pronta para que cada usuário personalize as definições de permissão concedidas em relação às informações que ele torna públicas.
Nenhum destes cuidados será válido, no entanto, se a senha for fraca. A definição da senha é um dos principais passos para se manter seguro online, também de acordo com o especialista Marcelo Lau. Pare ele, não é necessário que a senha seja de difícil memorização. É preciso que ela seja robusta e pouco dedutível, sem sequencias numéricas, nomes de pessoas próximas ou datas importantes. Se a senha é descoberta e o Facebook é invadido, de nada adiantará que informações pessoais sejam resguardadas ou que as configurações de privacidade sejam definidas.
É o usuário que possui nas mãos todas as ferramentas para assegurar sua proteção no mundo online. Estar seguro na internet, seja no Facebook ou em qualquer outra ferramenta de compartilhamento de informações, é uma questão de educação e de tomada de consciência de que o mundo online não é diferente do mundo para fora das telas de computadores, notebooks, tablets e celulares.
Atualizar programas, ter uma senha robusta, tomar cuidado com as informações publicadas na internet e não clicar em links duvidosos são questões básicas para a vida virtual.

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