sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Juíza assassinada recebe prêmio de Direitos Humanos da Presidência


A juíza Patrícia Acioli, assassinada em agosto deste ano por ser responsável pela prisão de integrantes de uma milícia em São Gonçalo (RJ), recebeu nesta sexta-feira uma premiação in memoriam oferecida pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência. O prêmio, que conta com 21 categorias e é a mais alta condecoração do governo a pessoas e entidades que se destacaram em defesa do tema, foi recebido pela filha da juíza.
Além de Patrícia Acioli, que será premiada pelo enfrentamento à violência, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Ayres Britto, também receberá o prêmio, na categoria Garantia dos Direitos da População de LGBT.

Juíza estava em "lista negra" de criminosos

A juíza Patrícia Lourival Acioli, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, foi assassinada a tiros dentro de seu carro, por volta das 23h30 do dia 11 de agosto, na porta de sua residência em Piratininga, Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Segundo testemunhas, ela foi atacada por homens em duas motos e dois carros. Foram disparados mais de 20 tiros de pistolas calibres 40 e 45, sendo oito diretamente no vidro do motorista.
Patrícia, 47 anos, foi a responsável pela prisão de quatro cabos da PM e uma mulher, em setembro de 2010, acusados de integrar um grupo de extermínio de São Gonçalo. Ela estava em uma "lista negra" com 12 nomes possivelmente marcados para a morte, encontrada com Wanderson Silva Tavares, o Gordinho, preso em janeiro de 2011 em Guarapari (ES) e considerado o chefe da quadrilha. Familiares relataram que Patrícia já havia sofrido ameaças e teve seu carro metralhado quando era defensora pública.

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