domingo, 21 de novembro de 2010

Palavras do Papa pedem sexualidade responsável, diz Vaticano



O Vaticano assegurou neste domingo que as palavras do Papa sobre o uso do preservativo, que segundo ele pode ser justificado em "alguns casos", não são "uma mudança revolucionária", mas uma "visão compreensiva" para levar uma humanidade "culturalmente muito pobre rumo ao exercício responsável da sexualidade". Assim manifestou o porta-voz do vaticano, Federico Lombardi, em comunicado no qual assegurou que as manifestações de Bento XVI "não reformam ou mudam as doutrinas da Igreja, mas as reafirmam, na perspectiva do valor e da dignidade da sexualidade humana como expressão de amor e responsabilidade".
Lombardi disse que o Papa não justifica moralmente o exercício "desordenado" da sexualidade, mas considera que o uso de profilático para diminuir o risco de contágio da aids "é um primeiro ato de responsabilidade, um primeiro passo para uma sexualidade mais humana".
De acordo com Lombardi, Bento XVI reitera no livro que tem como título "Light of the World: The Pope, the Church and the Signs of the Times" (Luz do Mundo: O Papa, a Igreja e os Sinais do Tempo, em tradução livre para o português), baseado em 20 horas de entrevistas conduzidas pelo jornalista alemão Peter Seewald, que não quis se posicionar sobre o problema dos profiláticos em geral, mas sim dizer que o problema da Aids "não pode ser resolvido só com a distribuição" de preservativos, mas que é preciso fazer muito mais: prevenir, educar, ajudar, aconselhar, estar perto das pessoas infectadas.

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