Depois de passar seis meses com o bebê, chega a hora de a mãe voltar ao trabalho. Mais do que isso, é o momento de decidir qual o melhor local para cuidarem do seu filho. A pedagoga Márcia Pinheiro garante que a creche é um lugar extremamente positivo, onde o mundo será apresentado para a criança. Há aquelas que ensinam mandarim antes de os pequenos dizerem "mamãe" e as que os deixam brincar por horas no pátio. Entre tantas opções, como decidir?A paulistana dá sete dicas para ajudar a família a escolher o melhor local.
1 - "Creche muito arrumadinha não dá", diz a pedagoga, já que este é um lugar feito para as crianças explorarem. "Se o chão é daqueles que você vê o seu próprio reflexo, não é bom", completa. Isso significa que o piso pode estar escorregadio, o que não é adequado para uma criança que está aprendendo a andar.
2 - "Os pais devem considerar o espaço", lembra Márcia. Até os 10 anos, a prioridade da criança é brincar. Então, é importante que o local tenha grandes ambientes para brincadeiras.
3 - Os pais têm que analisar como são recebidos na creche. Quando eles marcarem hora para visitar o local, é fundamental que a equipe se mostre atenta às suas questões, mostre que se importa com a entrevista. A família também deve fazer a sua parte, tirando todas as suas dúvidas.
4 - O local deve possibilitar a adaptação para mãe e filho à nova rotina. Márcia sugere um período de três dias: no primeiro a mãe fica na creche com o bebê, e nos outros dois ela vai deixando-o mais tempo sozinho, até a criança se acostumar com a novidade.
5 - E as profissionais, quem são? Elas têm curso de formação? Como é a manipulação de alimentos? Como fica o banho? Essas são questões fundamentais com as quais a família deve confrontar a equipe. Márcia acredita que a creche deve ter, senão uma enfermeira, pelo menos uma técnica de enfermagem. Uma nutricionista e uma pedagoga também são fundamentais, sendo que esta última deve estar na escola o tempo todo. "Há muitos locais cuja pedagoga passa apenas uma vez por semana", lamenta.
6 - Apesar de todas as qualidades das professoras, elas não são "super heroínas", que fazem milhares de coisas ao mesmo tempo. Assim, as turmas devem ser pequenas. Márcia diz que entre bebês de seis a 12 meses, a proporção deve ser de seis crianças para um adulto. De 12 a 24 meses, é de 10 para dois adultos. De 24 a 36 meses, a dimensão fica de 10 a 12 meninos para um supervisor, com uma auxiliar em momentos de pico, como para a alimentação e para o banho.
7 - Se vale a pena investir em creches que enchem os alunos de atividades extra-curriculares desde cedo, é uma escolha que a pedagoga deixa para a família. Porém, é muito importante que deixem a criança se divertir. "É na brincadeira que ela vai interagir com o mundo", diz. Mas também não deve só brincar. A professora deve oferecer atividades diversas ao longo do dia, para que ela crie noções de tempo e espaço.

Nenhum comentário:
Postar um comentário