segunda-feira, 2 de maio de 2011

Bin Laden usou mulher como escudo humano, diz conselheiro antiterror do governo americano


O conselheiro do presidente americano Barack Obama para a luta antiterrorista, John Brennan afirmou, em entrevista coletiva concedida na Casa Branca, que Osama Bin Laden usou sua mulher como escudo humano quando foi atacado, no Paquistão. 
"Tinha uma família na casa e uma mulher estava na linha de fogo, usada como escudo para proteger Bin Laden dos tiros", contou Brennan que não confirmou se ela foi colocada na frente do terrorista, ou se ela tentou salvar Bin Laden. Segundo o conselheiro, a vítima seria mulher de Bin Laden e morreu durante o ataque.
O conselheiro também disse que, se pudessem, os Estados Unidos teriam capturado Bin Laden ainda vivo.  
Segundo Brennan, as Forças Armadas do Paquistão só ficaram sabendo da missão depois que aviões norte-americanos deixaram o espaço aéreo do país. 
Perguntado se o presidente Obama pode escutar os tiros que mataram Bin Laden, Brennan sorriu e disse que eles monitoraram "a situação em tempo real". 
O conselheiro elogiou a ação de Obama em autorizar o ataque como "uma das mais corajosas decisões já tomadas por um presidente nos últimos tempos."
Brennan assegurou que o corpo de Bin Laden foi lançado ao mar, seguindo as tradições islâmicas. O conselheiro não deu detalhes da cerimônia, nem revelou o local exato. 
"O enterro foi feito de maneira apropriada, com as pessoas apropriadas lá", limitou-se a dizer.

Bin Laden contou com ajuda do Paquistão

O líder da rede terrorista Al Qaeda, Osama bin Laden, contou com algum tipo de apoio dentro do Paquistão para poder se esconder durante tanto tempo nas proximidades de Islamabad, afirmou John Brennan. Os serviços de inteligência americanos buscam agora determinar exatamente que tipo de apoio Bin Laden teria recebido e examinarão o conteúdo da residência onde o terrorista foi encontrado, mas ressaltou que o importante é "a qualidade, não a quantidade" dos indícios.
Ele indicou que, embora a CIA tivesse cada vez mais certeza de que era Bin Laden que vivia no complexo, os indícios eram apenas circunstanciais, mas Obama concluiu que havia confiança suficiente para ir adiante.
A operação tinha sido cuidadosamente planejada, mas os soldados do grupo de operações especiais da Marinha americana (Seals) que entraram no complexo não sabiam como seria o interior da residência, nem a quem encontrariam exatamente.
No tiroteio subsequente, morreram Bin Laden e outros três homens, que Brennan apontou que aparentemente são um dos filhos adultos do dirigente da Al Qaeda, seu mensageiro de confiança e o irmão deste.

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