Mais de 40 ativistas pró e contra os direitos dos homossexuais foram detidos pela polícia na capital russa, Moscou, durante a Parada do Orgulho Gay, que não foi autorizada pelo governo. A marcha, que é realizada anualmente em Moscou, sempre acaba em violência entre os manifestantes a favor e contra os direitos dos gays, segundo afirma o correspondente da BBC na capital russa Daniel Sandford.
De acordo com Sandford, ativistas dos Estados Unidos e de outros países da Europa se uniram aos manifestantes russos na Parada Gay deste ano. Na marcha deste sábado, os ativistas em favor dos homossexuais planejavam colocar uma coroa de flores sobre o Túmulo do Soldado Desconhecido, do lado de fora do Kremlin. No entanto, um grupo de manifestantes contrários aos gays estava aguardando no local, de acordo com o correspondente da BBC.
Todos se diziam cristãos ortodoxos e vestiam mantos negros, e entraram em conflito com os ativistas pró-gays assim que eles chegaram ao túmulo. Alguns ativistas em favor dos gays carregavam faixas dizendo "A Rússia não é o Irã", em referência à política de intolerância contra os homossexuais praticada pelo governo de Teerã. Já um manifestante contrário aos gays disse que "Deus queimou Sodoma e Gomorra", e que Moscou queimaria também caso as paradas em favor dos homossexuais fossem permitidas.
Desde a primeira parada, há cinco anos, as autoridades se negam a dar permissão oficial para a realização do evento. A polícia avisou de antemão que qualquer pessoa que tentasse realizar uma marcha sem autorização seria presa.
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