Segundo pesquisa realizada por um fabricante de preservativos, que entrevistou 26 mil pessoas, em 26 países, os brasileiros praticam mais sexo que a média mundial, tendo em média 145 relações sexuais por ano, só perdendo para os gregos que transam em média 164 num ano. Em terceiro lugar estão os poloneses e os russos, com uma média de 143 relações por ano, e em último os japoneses, onde apenas 34% das pessoas dizem fazer sexo pelo menos uma vez por semana. A média global é de 103 relações por ano.
Mas como nem sempre quantidade significa qualidade, vamos ter apenas 42% dos brasileiros que dizem estar satisfeito com sua vida sexual. Segundo o psicólogo e terapeuta sexual Ralmer Rigoletto, “O número de relações sexuais não é indicativo de satisfação e nem de qualidade nas relações, mas sabemos que relacionamentos prazerosos aumentam a probabilidade de se desejar mais sexo”.
Ninguém pode duvidar que uma sexualidade prazerosa ajude a fortalecer vínculos, traz uma alegria maior e um otimismo maior na vivência da afetividade e na perspectiva da relação; além de ser um grande motivador para uma autoaprovação e, portanto, melhorar a autoestima. Mas isso não significa uma vida de performances sexuais múltiplas ou o cumprimento de todas as posições do Kamasutra, de uma quantidade que seja invejável aos outros ou a necessidade de viver ‘modernamente’ todas as possibilidades.
O que é sexo de qualidade?
Relacionamento sexual com qualidade implica em intimidade, diálogo, vínculo e envolvimento baseado em afeto, para que haja uma troca de prazer e satisfação a dois.
A proximidade afetiva com o parceiro, a sensação de ser amado e respeitado são fatores importantes que colaboram para se conseguir uma vida sexual satisfatória.
É verdade que muitas pessoas poderiam usufruir mais da sexualidade se estivessem menos cansadas e estressadas. Mas essa é uma realidade pessoal da modernidade que precisa ser repensada e que exige em muitas situações mudanças de atitudes: morar mais perto do trabalho para evitar longas horas no trânsito, incluir a prática de esporte ou de um hobby no cotidiano, melhorar a qualidade da alimentação e disponibilizar-se para ter mais tempo e intimidade com o parceiro (a).
De uma forma geral o jogo sexual, que implica em sedução, sensualidade, carícias e também o ato sexual, pode ser melhorado com palavras, tempo e até com uso de apetrechos que vão desde lingerie até brinquedos eróticos.
“Relacionamentos com boa qualidade afetiva tem, na grande maioria das vezes, um sexo de boa qualidade e que pode ser incrementado com brinquedos eróticos, apimentado com fantasias que o torne uma brincadeira sadia e consensual; até porque as pessoas gostam de uma ‘sacanagenzinha’, mas é importante que esse não seja o foco, e que não se despreze a essência do sentimento que os leva a querer estar juntos compartilhando momentos de carinho e prazer”, lembra Ralmer Rigoletto.
Ouvido é um grande ponto de excitação do casal, principalmente da mulher
“A maior satisfação está na grande estratégia que os casais precisam aprender a usar que é o dialogo: saber ouvir e saber falar, e não só criticar. Os ouvidos são os melhores pontos de excitação do casal, principalmente das mulheres, e o prazer é uma descoberta de responsabilidade dos dois”, diz Sylvia Marzano.
Portanto, buscar uma boa qualidade de relacionamento implicará numa melhoria geral do prazer e inclusive da frequência e prática sexual. Se não houver essa busca, estaremos falando só de frequência de relação, e o diferencial é investir na qualidade de afeto e alegria de quem vive por inteiro um relacionamento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário