Regiane de Oliveira Millan, irmã da professora baleada em uma escola de São Caetano do Sul, disse que ela não acredita que o aluno de 10 anos tenha atirado contra ela porque tinha um "comportamento exemplar dentro da sala de aula e nunca demonstrou agressividade". A família ainda não contou para Rosileide Queiros de Oliveira, 38 anos, quem atirou contra ela. Mas a irmã disse que alguns nomes de alunos foram citados para que ela tentasse se lembrar de quem efetuou os disparos e que, quando chegou no nome do estudante de 10 anos, ela disse não acreditar que tenha sido ele.
A declaração foi dada em uma coletiva realizada nesta sexta-feira no instituto central do Hospital das Clinicas, em São Paulo. A professora foi transferida para um quarto no fim da manhã de hoje, após passar por uma cirurgia para a retirada da bala. Ela está consciente, começou a se alimentar e tem quadro estável. A docente também não sabe que o menino morreu após atingi-la.
A família tentou questionar Rosileide sobre o que aconteceu minutos antes dos disparos. No entanto, ela estaria com dificuldades de lembrar. Segundo a irmã, ela disse que o fato ocorreu momentos depois da troca de professores. Quando foi baleada, ela estava de costas para os alunos e de frente para o quadro negro, e o estudante de 10 anos estaria fora da sala de aula.
Regiane disse que a professora ainda não assimilou o que aconteceu e que ela recorda de ouviu um forte estrondo seguido pelos gritos das crianças. A professora disse que pensou se tratar de uma bomba e que estava preocupada com a saúde dos alunos
O crime aconteceu na Escola Municipal Alcina Dantas Feijão, no bairro Mauá, por volta das 15h50. O aluno, do 4º ano, disparou contra a professora Rosileide Queiros de Oliveira, 38 anos, dentro da sala de aula, que era ocupada por 25 alunos. Em seguida, segundo testemunhas, o aluno se retirou da sala de aula e disparou contra a própria cabeça. O garoto chegou a ser encaminhado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos.
A família soube do ocorrido pela mídia por volta das 17h. A irmã diz que nem a escola, a Secretaria de Educação ou de Segurança entraram em contato com os familiares para falar sobre o atentado. Ela disse, no entanto, que entende que a primeira preocupação dos órgãos era com as vítimas.
Rosileide é professora há dez anos e lecionava português há seis na Escola Municipal Alcina Dantas Feijão. A irmã disse que ela teve uma fratura no joelho devido a queda sofrida após os tiros. "Ela está muito assustada, tem alguns momentos que ela chora muito", afirmou a irmã.
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