quinta-feira, 1 de setembro de 2011

SC: mãe e filha de 13 admitem ter pago R$ 1 mil por morte de pai

 
Estão detidas, desde quarta-feira, em Fraiburgo (SC), a 381 km de Florianópolis, uma dona de casa e a filha, de 13 anos, que confessaram ter encomendado o assassinato do pai, de 57 anos, no município do centro-oeste catarinense. Supostamente vítima de agressões físicas cometidas pelo marido, a mulher admitiu, em depoimento, ter contratado um criminoso por R$ 1 mil para executá-lo, com a ajuda do genro, de 16 anos, que também foi apreendido. A polícia, no entanto, suspeita que interesse financeiro possa estar por trás do crime.
A vítima foi morta a tiros na casa da família na noite de terça-feira. Inicialmente, a mãe e a filha negaram envolvimento no crime, ao relatarem que homens encapuzados invadiram a residência para matá-lo sem roubar nada. Contudo, após um adolescente, amigo da família, ter sido ouvido pela polícia, a farsa acabou sendo desmascarada.
Sob o pretexto de que não aguentava mais ser agredida pelo marido, a mulher confessou ter comprado uma arma por R$ 700 de dois jovens - que já foram presos - e detalhou o pagamento de R$ 1 mil para o autor dos disparos, de 18 anos, também detido pelo assassinato.
"Há aspectos no mínimo estranhos na versão apresentada por elas. A mulher foi casada com o homem durante 40 anos, e apesar do suposto histórico de agressões jamais registrou queixa na polícia. Além disso, nenhum vizinho ou morador da cidade que conhece a família confirma qualquer suspeita de violência doméstica", explicou a delegada Beatriz Ribas Dias dos Reis.
Nas últimas horas, a polícia tenta checar quais eram os valores do seguro de vida da vítima. Segundo a investigação, o homem era aposentado de uma empresa de celulose e oferecia um bom padrão de vida à mulher, que era dona de casa. "Outro fato que nos chamou a atebção é o de que a mulher não tinha marcas nenhuma de agressões", disse a delegada.
A Justiça já decretou a prisão preventiva da mulher, do executor, e dois dois jovens que venderam a arma. Também foi definido pelo poder judiciário o encaminhamento da filha e do namorado dela para um Centro de Internação Provisória (CIP) de SC.

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