Pesquisadores da
Universidade do Sul da Florida, nos EUA, identificaram o primeiro biomarcador
genético ligado à perda de audição relacionada ao envelhecimento, ou
presbiacusia. O estudo revela
que a mutação genética em pessoas que sofrem perda de audição na velhice está
ligada a habilidades de fala de processamento em pessoas mais velhas.
Em colaboração
com o House Ear Institute, em Los Angeles, os pesquisadores descobriram um gene
que produz uma proteína-chave no ouvido interno chamada receptor de glutamato
metabotrópicos 7 (GRM7). A proteína GRM7 está intimamente envolvida na conversão
de som para o código do sistema nervoso, na cóclea, que é então enviado para as
partes do cérebro utilizadas para processamento da audição e da fala.
Depois de
identificado o gene, os pesquisadores acreditam que as pessoas podem ser
testadas e prescritas com medidas de prevenção mais cedo na vida, como evitar
ruídos altos, usar protetores de ouvido e evitar certos medicamentos conhecidos
por danificar a audição, a fim de proteger essa capacidade.
O estudo
envolveu 687 pessoas que passaram três horas de extensa análise das suas
capacidades de audição, incluindo análises genéticas e testes de processamento
da fala.
"Esse gene é o
primeiro biomarcador genético identificado para perda auditiva relacionada à
idade, ou seja, se uma pessoa tem determinadas configurações deste gene, ela
sabe que provavelmente vai perder a audição mais rápido do que outra que tem
outra configuração", afirma o pesquisador Robert Frisina Jr.
Segundo os
pesquisadores, o estudo sugere que a causa da presbiacusia é uma combinação de
múltiplos fatores ambientais e genéticos.
Curiosamente,
eles notaram que a mutação do gene trabalha de forma diferente nas mulheres e
nos homens. Enquanto a variação teve um impacto negativo para os homens, fez o
oposto para as mulheres, que realmente tinham melhor audição.
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