O corpo do bebê Pedro Henrique Patrocínio Manga, baleado dentro de um
carro em São Bernardo do Campo, no ABC, foi enterrado na tarde desta
sexta-feira no Cemitério Jardim Vale da Paz, em Diadema, também no ABC. O
crime ocorreu na noite de quinta-feira (15).
O menino de 1 ano e 8 meses foi baleado porque o carro em que ele
estava com a mãe não deu passagem para outro veículo com criminosos.
Minutos antes, os homens teriam atirado em um jovem de 17 anos na
Estrada Galvão Bueno, perto do local em que o bebê foi morto, segundo a
Polícia Civil.
No enterro, os parentes estavam em estado de choque. "Ele era muito
alegre, muito contente, muito brincalhão. Já estava falando tudo", disse
um parente.
Segundo testemunhas, os criminosos que atiraram no bebê pararam antes
na frente da casa de um adolescente e dispararam sem falar nada. Depois
do disparo, eles fugiram em um carro.
O jovem foi socorrido por pessoas que estavam na região no momento do crime. Ele não corre risco de morte.
Durante a fuga, os criminosos pediram passagem para o veículo em que
Pedro estava sentado no colo da mãe. Como o motorista não cedeu, os
criminosos passaram pela contramão e dispararam três vezes. A mãe do
menino não se feriu.
De acordo com o delegado Kazuyoshi Kawamoto, a investigação aponta que o
padrasto do menino diminuiu a velocidade do carro e abriu a porta para
ver quem era que pedia passagem. "Neste momento, eu acredito que os
bandidos esperavam uma reação do motorista. Por isso atiraram tantas
vezes contra o carro", disse.
"Com certeza foi uma fatalidade, ainda mais a direção do tiro, que vem de trás, atravessa o vidro e atinge a criança no banco dianteiro", comenta o delegado.
"Com certeza foi uma fatalidade, ainda mais a direção do tiro, que vem de trás, atravessa o vidro e atinge a criança no banco dianteiro", comenta o delegado.
Investigação
No início da tarde desta sexta-feira (16), os parentes do menino já tinham prestado depoimento no 3º Distrito Policial de São Bernardo do Campo. O carro em que o bebê estava também já passou por perícia e deve ser retirado pela família.
Segundo o delegado, ainda não há suspeitos. “Nós não conseguimos ainda
identificar [os criminosos]. Nós não temos nem as placas do veículo
envolvido nessa ocorrência. A certeza única é que os dois crimes estão
diretamente ligados”, disse.
O delegado suspeita que o ataque contra o adolescente tenha sido
motivado por briga entre quadrilhas. Ele ainda não foi ouvido pela
polícia. O adolescente chegou a ir ao Pronto Socorro Central de São
Bernardo do Campo. Entretanto, a assessoria de imprensa da prefeitura
informou que o adolescente não quis esperar a avaliação do neurologista
e, sem que ninguém percebesse, deixou o local.
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